Skip to main content

No dia 6 de maio festejamos o nascimento de Sigmund Freud, conhecido mundialmente como o Pai da Psicanálise. 

Até hoje é considerado um gênio como estudioso e pesquisador da mente humana. Sigmund Freud nasceu em Freiberg, na Morávia, em 1856, hoje República Tcheca. Seus pais eram judeus e, aos 4 anos, foi morar em Viena, onde realizou a maior parte dos seus estudos. Sua mãe era extremamente afetiva e dispensava um tratamento muito amoroso a Freud. Seu pai, mesmo sendo severo e rígido, incentivava-o muito a escolher uma profissão que seguisse suas próprias inclinações.

Na escola secundária, foi o primeiro aluno da turma durante 7 anos, desfrutando, por isso, de vários privilégios, sendo muito respeitado e valorizado no meio estudantil. Foi pelo interesse nas teorias de Darwin e por estudar o ensaio de Ghoethe sobre a Natureza que optou pela medicina, formando-se aos 25 anos.

Por ser judeu, teve que suportar na Universidade um certo sentimento de exclusão, que, ao invés de fazê-lo sentir-se inferior, passou a assumir um papel na oposição, o que lhe favoreceu uma postura de independência de julgamento. Ainda na Universidade, onde permaneceu durante 8 anos, interessou-se pelos ensinamentos de Charcot, em Paris, onde dirigiu-se para continuar seus estudos sobre doenças nervosas, principalmente a histeria.

Em 1886, Freud casou-se em Viena e lá fixou-se como médico especialista em doenças nervosas. No início encontrou muitos obstáculos, principalmente ao expor que a histeria também podia acometer homens, em função de que histeron significa útero.

Inicialmente, Freud entusiasmou-se muito com o tratamento através do hipnotismo, que logo depois foi abandonado. Primeiramente porque não conseguia hipnotizar todos seus pacientes e os que chegavam ao estado hipnótico não era um estágio de grande profundidade quanto seria necessário. 

Em 1890 , Freud aproximou-se de Josef Breuer e com ele escreveu Estudos sobre a Histeria (1895), que mais tarde considerou incompleto, abandonando as primeiras técnicas como hipnose, sugestão, pressão na testa, chegando finalmente à associação livre, usada até hoje na psicanálise.

Freud escreveu sobre a sexualidade infantil, a ansiedade, a estrutura do aparelho psíquico (ego, id e superego), organizou a teoria do recalcamento, da resistência, dos sintomas neuróticos, das instâncias psíquicas como inconsciente, pré-consciente e consciente, dos mecanismos de defesas, muitos textos sobre técnica, interpretação dos sonhos e apontou inúmeras patologias psíquicas, até hoje utilizadas na nomenclatura psicanalítica.

Freud confessou, em 1935, que a história de sua vida se mesclou com a história da psicanálise. Acreditava que não mais haveria nenhuma dúvida que a psicanálise sobreviveria e se desenvolveria como um ramo do conhecimento, como um método psicoterapêutico.

Freud morreu de câncer em sua residência, em Londres, no dia 23 de setembro de 1939, aos 83 anos.

Nós, da área Psicanalítica, temos muito a agradecer a ele por ter deixado todo este rico legado que é o suporte da nossa prática profissional.

Texto: Rosa Beatriz Santoro Squeff – Psicanalista e Presidente da Associação Gaepsi.